segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Tenho que ir

  Saí do trabalho e foi ótimo, queria muito este tempo pra poder estudar, depois vejo o que fazer. Se o futuro a Deus pertence eu to com ele e sou pé!

  Sem tempo pra pensar em devaneios, erotismo, política e afins, o tempo agora é só do meu objetivo.
  Estou completamente apaixonada por ele, as vezes temo até pela desilusão com a realidade que virá, mas quer saber? A paixão é assim mesmo, e quando é boa mesmo, vira amor. É isso o que espero do meu futuro emprego público, no momento foco em todas as suas qualidades, em tudo o que me trará de bom, e uso todas as minhas armas para seduzi-lo.

  Filhos indo bem, são realmente os remos do barco, já o maridão... ora confiante e apaixonado, ora bravo, estressado e confuso. A confusão dele me deixa insegura, acho chato, mas ele está se adaptando a ter cada vez menos atenção, é necessário, e olha que eu dou atenção até demais, podia ser bem menos se fosse proporcional...

  Agora o risco esta na vagabundagem, é um perigo ficar sem trabalhar, as tardes em casa estão sendo regadas a textos pra ler e testes pra fazer. Na maioria das vezes dou conta, mas confesso que sucumbo em alguns dias, meus amigos estão sempre à disposição, animados pra qualquer coisa e de qualquer jeito, tem coisa melhor?  Depois volto pros livros cheia de culpa.
  Boba... é hora de me jogar, por isso que vou agora.






quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Chat


  Digitava nervosamente diante de todos no trabalho, olhando fixamente para o teclado e tela, tentando se acalmar, tentando achar o porque, ou quem sabe tentando não pensar.
  Começa a piscar o aviso de mensagens, ela olha distraída, não quer conversar com ninguém, não reconhece o nome na tela.
_Olá! _ Diz o homem desconhecido.
  Ela não quer responder, não o conhece, clica no nome para ver o seu perfil, não há fotos, apenas imagens distorcidas e coloridas,  centenas de mulheres adcionadas como amigas. Ela suspira e imagina o que virá, mais um homem apenas interessado em mulheres, tentando um gozo cibernético no mínimo, ou algo assim.    Então resolve responder por curiosidade.
_Oi, te conheço de algum lugar?
_Não, e isso é uma pena! Estou aqui pra resolver isso agora, quero te conhecer!
_E posso saber porquê?
_Porque tenho te observado de longe, já faz algum tempo, sei que você escreve, que é interessante e inteligente, quero te conhecer!
  Essas exclamações contínuas começam a lhe tirar a paciência, já imagina um adolescente do outro lado...
_Ok, estou aqui agora, o que você quer saber?
_Quero saber tudo sobre você, como é a calcinha que está usando, seu perfume preferido, porque rói as unhas e como gosta de dormir, tudo!
  Mais uma exclamação, ela ri e começa a se divertir um pouco.
_Estou com uma calcinha de algodão cinza, meu perfume é o mais doce que tiver na loja, roo as unhas porque gosto e sou nervosa, gosto de dormir com camisetas velhas e largas, só isso.
_Kkkkkkkkkkk Você é ótima!
_Você acha?
_Sim! Posso perguntar qualquer coisa?
_Pode! _ Diz ela, agora mais animada.
_Qual é sua posição preferida e porque, já fez alguma coisa bem maluca, você se depila toda?
_Mas você só quer falar de sexo? Não disse que se interessou porque sou inteligente e gosto de escrever?
_Sim, mas estas coisas que te perguntei são mais legais de saber agora, você falou que eu podia perguntar qualquer coisa?!
_Tá bom vai, mas me diz uma coisa, você está se masturbando ou algo assim?
_Kkkkk não, ainda não, você se importaria?
_Hmmm, não, na verdade faria mais sentido responder tudo isso se você estivesse.
_Ai meu Deus, como é gostosa! To sim meu bem, to com o pau duro bem agora pra você.
_ Tá mas antes me fale uma coisa... Você me conhece pessoalmente?
_Não! Você quer?!
_Ah não, por favor! Quero que você não me conheça, não tenha nenhuma maneira de me achar, e não saiba absolutamente mais nada sobre mim além do que já disse, é isso o que quero de você.
_Eu não te conheço, adoraria mas não, e também não moro no seu país, pode ficar tranquila.
_Como pode provar isso?
_Não posso, você vai ter que se arriscar.
  Ela pensa um pouco, dá mais uma olhada no perfil meio obscuro e decide.
_Gosto de papai/mamãe, mas com o cara de braço esticado,  já fiz várias coisas malucas, você precisa ser mais específico, não me depilo toda não, coça, prefiro apenas o essencial pra por biquini.
_Quando você escreve, em que momento do dia?
  Ela leva um susto, esse cara começa a surpreender.
_Escrevo quando estou no trabalho e sobra um tempo, ou de madrugada quando todos dormem e estou sem sono.
_Você gosta mais em qual horário?
_Gosto mais de madrugada, quando isso acontece é porque estou com inspiração, os textos ficam melhores neste clima.
_Queria poder vê-la de calcinha e camiseta, ainda com cara de sono e indo escrever.
  Ela lembra das vezes em que esteve no computador, no silêncio, no frio da madrugada contrastando com o fogo interno em seu corpo.
_Se eu fosse sua mulher você não faria nada disso, você não gostaria de me ver escrevendo.
_Se você fosse minha mulher eu beijaria seu pescoço e acariciaria seus seios enquanto escreve.
_Se você fizesse isso, não conseguiria escrever.
_Verdade, mas você poderia escrever, eu gostaria de vê-la escrevendo as coisas que escreve, gostaria de presenciar esse momento, e tê-la depois, já quente pra mim.
_Sim, não precisariam preliminares não é, eu já estaria quente o suficiente, mas você deve saber que frequentemente sou banal, e também melancólica, escrevo coisas broxantes também.
_Bobagem, quando escreve esta querendo se expor, se está querendo se expor o momento é sensual, mesmo que diga o contrário.
_Escuta, você não é nenhum adolescente não é?! Porque se esconde?
_Pelo mesmo motivo que você querida.
_Hã... não consegui te fazer gozar não é?
_Você fará agora, vai desligar e fantasiar comigo deitadinha lá na sua cama.
_Estou no trabalho.
_Então terá que guardar sua excitação pra mais tarde, eu não, vou agora! Você é uma delícia meu bem, devia acreditar mais nisso, um dia eu volto... tchau.

  Dizendo isso ele sumiu. Ela ficou lá parada, olhou para os lados, seus colegas de trabalho nada percebiam, e ela estava estranhamente excitada, deliciada com tanta atenção.






 



terça-feira, 25 de setembro de 2012

Fechada para balanço

Caramba, me deu um sentimento tão estranho agora. Estava lendo meu próprio blog e pensando como era inútil, pensando que não há nada interesante pra ninguém nele, só coisas da minha vida, meus sentimentos e tal. Inútil, desinteressante, sei lá, que coisa ruim. Porque alguém se interessaria, porque leria coisas tão banais e corriqueiras? Baixou uma auto-crítica feroz, um desinteresse por mim mesma, eu li e não gostei de nada, achei tudo chato. Pior é continuar escrevendo depois disso... será um certo narcisismo?

Minha vida está um caos completo, a parte boa são as aulas, um tesão, os pequenos que estão bem, de resto sei lá, ta enrolado. Acho que exagerei, não está um caos.

Minha imaginação foi embora, quando estou aqui me sinto perdendo tempo porque não estou estudando, meus pensamentos libidinosos estão cada vez mais fortes, mas não consigo fazê-los sair da minha mente, to com um cabresto literário, uma coisa moral que me faz ficar de boca fechada e dedos quietos com relação a sexo. Mas são só os dedos mesmo, porque minha cabeça fervilha nos momentos mais inesperados. Outro dia foi no hospital, estava na sala de espera e tive uma fantasia brilhante, nem vou contar detalhes porque não tá rolando de me abrir não, mas foi naquele ambiente mesmo, coisa de doido.

Vou colocar o título como hoje? "Fechada para balanço", é, mais ou menos por aí... hmm, balanço... rede...  rsrsrs, to brincando.









domingo, 16 de setembro de 2012

Matemática do mal

Estou no trabalho já faz uma hora e meia, preciso estudar. Hoje fiz uma prova de concurso, ainda não o concurso para o qual estou me preparando. A prova veio muito bem vinda para mostrar minhas deficiências em matemática, foi cruel. Quero logo que ela seja publicada para que eu possa refazer os problemas, com orientação desta vez, porque sei que me saí muito mal.



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Começando a epopéia

Hoje foi um dia muito louco, bom, mas antes vou voltar no tempo um pouco.

Lembram que eu ía fazer uma grande festa de aniversário para os meus filhos? Pois é, não fiz, estava adorando pensar na festa, na quantidade enorme de amigos e tudo o mais, mas daí o maridão começou uma faculdade nova, dessa vez uma particular, e nossos gastos aumentaram muito, então cancelei pra gente não se enforcar em dívidas. Achei bonitinho quando meu marido sugeriu fazer um empréstimo só pra fazer a festa, muito doido, mas bonitinha a preocupação dele, queria fazer a vontade da família, daí eu lembrei a máxima que dizemos às crianças sempre "primeiro a obrigação, depois a diversão", melhor assim.

Agora estamos investindo tudo nos nossos estudos, hoje começou meu curso com o objetivo de me ajudar a alcançar a carreira pública que pretendo, adoro pensar a respeito, tenho adorado estudar Direito, é como um vício, um vício bom, mas não fui no curso, embora tenha acordado até mais cedo que o despertador tamanha a vontade de estudar que estou, acontece que tínhamos reunião na escola da minha filha, é uma escola super conceituada, ela conseguiu através de um sorteio disputadíssimo, por isso era impossível faltar, então mais uma vez as necessidades das crianças ficaram na frente das minhas, inevitável, mas eles podem fazer isso sem me tirar o humor, numa boa, fiquei feliz demais com a escola, estou mais ansiosa do que ela e muito, muito feliz pela conquista.

No final de semana fiz a última balada antes de iniciar os estudos que só terminarão em dezembro, fui com o meu maridão, e foi uma delícia, a coisa chata é que bebemos pacas e no final da noite perdi a carteira. Pois é, fiz xixi na rua e tudo o mais a que tenho direito, a bolsa aberta no meio das risadas e desvarios, foi-se e o que mais me doeu foi perder os documentos das crianças tirados enquanto eram ainda bebês, uma pena.

Não fui trabalhar na segunda-feira pra correr atrás de fazer matrícula sem nenhum documento de identificação, nosso país é por demais burocrático, não vejo a hora que as informações sejam todas digitalizadas e todos sejam identificados somente pelas impressões digitais, quando isso acontecer, acabou o tormento de ter que ficar carregando papel e cartões pra todo o lado, não dá pra ser muito rock'n roll desse jeito, não combina.

Essa balada foi muito louca, num lugar sem molecada, dessa vez estávamos entre os mais jovens, o que foi meio estranho, mas não deixa de ser confortável. Percebi que balada de gente mais velha é muito diferente mesmo, acho que vou ter que me adaptar, na verdade pela idade, isso já deveria ter acontecido, mas sempre fui imatura e pelo jeito ainda não passou. O pessoal mais velho é muito menos louco, os mais loucos da balada éramos nós, e isso foi engraçado, esse negócio da carteira é que foi sacanagem, foi o preço que pagamos pela loucura e foi alto demais. Meu marido quando bebe vira outra pessoa, e embora seja um pouco assustador, é excitante, adoro esta outra pessoa dele, não tem jeito, amo cada pedacinho, só de falar já me dá uma coisa quente lá embaixo, oh paixão meu Deus!

Vou estudar de manhã e trabalho de tarde até a noite, meus filhos ficarão com a minha sogra, então não cuidarei mais das lições de casa, dos cursos, da comida,  de nada. Meu filho já está sentindo minha falta eu acho, ele reclama da pegação no pé, mas prefere que eu esteja junto para que consiga estudar, é como eu, funciona melhor sob pressão.
Agora só os verei na hora de pô-los na cama, e isso se conseguir chegar muito rápido em casa, serão meses estressantes, mas estou excitada e cheia de entusiasmo. Quem vem comigo?




sábado, 8 de setembro de 2012

Um sábado sem elogios

Agora começo a ficar cansada dessa babação, é a falta de retorno o que me irrita. Queria mais elogios, mais olhares esguios, mais mãos bobas, mais.
Parece que quanto mais sinto mais quero de volta e menos tenho, isso é um círculo chato, isso sim.
Tudo bem, ele continua sendo uma boa escolha, tenho certeza, mas nada é perfeito não é? Só quando estamos muito apaixonados, ainda estou, mas a realidade... a merda da realidade.

Tenho dezenas de coisas pra falar, mas nada que se possa contar, é, segredos meus caros, a vida também é cheia deles.

Ok, como não há nada de excepcional que se possa falar, quem sabe um pouco de sexo pra deixá-los felizes?!
Tenho pensado nisso últimamente, talvez algo assim meio incosequente, do jeito que mais gosto na verdade, vou trabalhar nessas linhas sujas, molhadas e sadias, quero vê-los duros, quero vê-los loucos, não há coisa que goste mais do que suscitar tesão nas pessoas. Fazer o que, não sou nenhum nobel de literatura nem ciência, gosto de dar tesão nos outros ué?! É o que sei fazer, acho que tenho um certo talento pra isso. Sabe quando você consegue dar tesão no outro só com o olhar? Então, é disso o que falo, você olha o sujeito desconhecido, em qualquer lugar, de longe mesmo, segura o olhar e mostra pra ele suas intenções, ali, sem percorrer seu corpo, nada, apenas com o olhar parado, e ele entende, sabe tudo o que você gostaria de fazer...
Ahhhh, adoro!
Volto com isso, volto logo.

E enquanto estou aqui escolhendo uma bela imagem pra entender este post, ele está lá na cozinha fazendo sushis, as crianças brincam felizes no playground, e eu ainda tento organizar meus sentimentos, ora feliz e satisfeita, ora insegura e nem sei o que mais... Tenho vontade de ir lá e abraçá-lo por trás, beijá-lo na nuca e dizer o quanto o amo, mas de novo? Ainda esperando pelo mesmo, vocês me entendem?


sábado, 1 de setembro de 2012

O presente

Ele veio sem dizer nada, nem uma palavra sequer, um olhar profundo, mas arredio, um silêncio intrigante junto a uma gentileza, um cavalheirismo discreto e me deixou louca.
Fui até ele, numa viagem alucinante que mudaria minha vida. Esperei que ele dormisse e me deitei ao seu lado, assim, como um presente. Ele acordou num susto, me olhou com aqueles olhos sublimes e aceitou o presente com prazer. Me beijou como um menino, usou suas mãos como um homem, me fez sentir tão linda e tão única como nunca antes.
Dormi longe dele e na manhã seguinte cheia de vergonha, desviei meu olhar. Fiquei ali discreta fazendo um almoço na pia da cozinha, ele veio sempre calado, postou-se ao meu lado e me ofereceu ajuda com a louça, numa voz calma, baixa, um sorriso tímido e uma vontade explícita de estar ao meu lado. Fiquei à vontade na hora, encantada com a força de caráter daquele homem tão meigo.

Hoje ele ainda esta lá, sempre calmo e solícito, me espera na cama, me recebe sempre lindo, sempre doce, sempre bem.
As vezes duvido dele, as vezes sinto um medo muito grande de perdê-lo, de não ser verdade, de simplesmente não tê-lo mais. Nessas horas eu choro, não saberia viver, não ía mais querer, nunca mais teria um homem assim ao meu lado porque ele é único.

Quando tudo começou, não tinha idéia de que seria algo tão avassalador, não parecia que seria, sempre foi devagar, sempre foi suave. Fui viajar para fora do país, desprezei o que sentia e o que ele me dava, achei que minha vida não teria prejuízo algum. Mas não durou muito, fiquei fora durante apenas um mês, ele sempre esteve em meus pensamentos por mais que eu não quizesse ver.
Quando voltei ele me esperava no aeroporto, abriu os braços, me recebeu num abraço longo e dolorido de quem esperou por mais tempo do que estive fora. Pedi que ele mudasse minha vida, ele apenas sorriu e concordou.
Sou louca, sou intensa, sou volúvel, sou tudo o que ele não é, e ainda assim ele me ama.

Quando a felicidade chega... dá medo, porque é difícil acreditar.
Eu desejei tanto, rezei e sonhei, até que ela chegou, foi como num sonho.
Agora ele está lá, quente e real, ainda me espera na cama, e toda noite me dou pra ele como um presente.







sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Sexta a noite

Estou em casa... louca pra dançar um pouco de ballet, que saudade dos arabesques...
Meu marido ainda não chegou da faculdade, acredita que ele acabou de terminar uma e já começou outra?!
Japoneses... todos iguais, essa febre de estudar pegou em mim, ainda bem, além de tudo de bom que ele me deu, me ensinou a amar o estudo, a dedicação, e assim vou estudando sem parar, até o dia em que tudo vai dar certo, o resultado esperado há de vir.
As crianças foram dormir na casa da minha sogra, sexta-feira, é o nosso trato, mas não saio mais, não posso perder o foco agora, apesar de toda a vontade de enfiar o pé na jaca, não dá.

Levei mais uma bronca, já estou começando a acostumar, não faz mais efeito. Meu chefe diz que é por causa dos meus estudos, estou com foco em outra coisa e então não dou a mínima para o trabalho... é verdade.

Meu cabelo esta a coisa mais linda do mundo, longo e cheio de cachos brilhantes, estou me achando gata hoje, só falta mesmo voltar para o ballet e deixar tudo muito mais duro e saliente.

Meu marido vai participar de uma competição de jiu-jtsu.
Ai! Ele chegou! Deixa eu sair daqui, depois eu conto, ele detesta me ver escrevendo e contando as coisas todas, rs, nem ligo.

Beijo





segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Madrugada

Noite de corpo quente, saio da cama,
não posso dormir.
Ouço o ressonar de três amores meus,
me seguro no escuro frio para poder ser eu só.
Será o apreço à solidão um egoísmo?
Meu eu, só meu, tão meu.

Partilho o que quero, o que gosto e tolero partilhar,
deixo só pra mim as incongruências, as discordâncias e as indecências.

O sorriso eu dou, a gargalhada eu presenteio,
a melhor gargalhada nunca é só...
Mas o silêncio, esse é bom mesmo sozinho.





domingo, 12 de agosto de 2012

Ballet

Fui no tal aniversário, dancei como uma louca, mesmo, sempre faço isso, na verdade acho que só saio por isso.
As pessoas não costumam dançar de maneira muito louca não, são mais contidas na minha opnião, apenas alguns sobressaem em alguns momentos, é deles a noite. Quando danço, a noite é só minha, não tenho olhos e nem boca, tenho só ouvidos e sensações.
Minha história com a dança é muito antiga, tenho a lembrança de estar na sala, sentada no chão assistindo um filme que falava de ballet, devia ter uns seis anos, fiquei chocada, não conseguia olhar para mais nada. Um pouco antes, aos três anos, estudava numa escola infantil onde haviam aulas de ballet, minha mãe não tinha condição de pagar as aulas na época, eu ficava parada na porta vendo as meninas de uniforme cor-de-rosa, ouvindo o piano e minha fascinação era tanta que a professora permitiu que eu fizesse aulas de qualquer maneira, e lá ficava eu de meias e shorts, em meio as meninas de sapatilhas.
Continuei a estudar conforme ía crescendo, era uma paixão, meus pais se desdobraram para pagar as aulas.
Tinha a melhor "ponta" da escola, subia na sapatilha de ponta com o pé totalmente "quebrado" como uma profissional, matava as outras alunas de inveja, e minha professora de raiva. Mesmo sendo uma bailarina excelente (para os padrões da escola local), era extremamente indisciplinada e encrenqueira, a professora me detestava, mas sempre me colocava em posição de destaque nas apresentações, eu era um sucesso no palco.
Tentei entrar na escola de bailado do Teatro Municipal, mas não consegui que a professora rancorosa me desse as aulas preparatórias, e assim desisti do teste. Paguei com um sonho, a desobediência e arrogância que tive em sua escola, e assim fecharam-se as portas do ballet para mim. Depois disso não fiz mais aulas, mas nunca abandonei a dança. Mantenho minhas sapatilhas em casa e uso com certa frequência, me falta treino e técnica, mas ainda sobra emoção, entrega e beleza, eu sei disso, mesmo que hoje dance sem platéia alguma.
Alguns amigos não fazem idéia desta minha paixão, deste verdadeiro dom pela dança, acham que sou tão somente uma maluca qualquer que de alguma forma vai pra pista e dança bem. As vezes acho que este meu apego pela noite se dá apenas porque é o momento onde posso dançar, por pra fora essa coisa forte que começa nos pés e não termina enquanto a música não acaba.
Quando morei na Espanha, mandei fazer um par de sapatilhas de ponta profissionais pretas, são lindas, e as vezes finjo que estou no teatro diante de uma platéia que como eu se emociona com o ballet, só meus filhos são testemunhas disso, eles até curtem, mas sabem que quando a mãe começa a dançar com as sapatilhas pretas, não adianta mais chamar...
Entre os sonhos guardados com a aprovação no concurso que prestarei, está o sonho de voltar a fazer aulas, desta vez junto com a minha filha (que detesta ballet), mas será obrigada a fazê-lo, ao menos por algum tempinho, só o suficiente para ganhar força, elegância, postura e flexibilidade característicos desta arte, depois ela pode ir embora, já eu desta vez pretendo ser obediente, e nunca mais sair da escola.




sexta-feira, 10 de agosto de 2012

O convite irrecusável

Dia estranho o dia de hoje, não consegui estudar nada, trabalhei o tempo todo, não rolou, vou ver se consigo retomar no final de semana.

Sei que ando um pouco superficial, mas não to conseguindo escrever mais nada. Será que é porque ando estudando? Não hoje, mas todos esses dias.Pode ser só fase mesmo, daquelas que não passam, é muito chato.
 Hoje é aniversário de um grande amigo meu, baladíssima, imagina se eu não vou? Of course baby!
Convidei o maridão, resposta: não.
Ok, saio do trabalho, direto para o salão, farei uma escova pra dar um up no visual, obrigatório, depois compro uma camiseta porque estou com roupa de trabalho, encontro com meus amigos na casa/república e vamos juntos para o festão!

Pensei que fosse ficar com meus bacuris no recanto do lar, mas eles parece que curtem dormir na casa da avó sexta-feira , eu deixo só neste dia porque no dia seguinte eles não tem aula, hmmm, estando bom para ambas as partes...

Como eu queria meu maridão na balada comigo! Tentarei não chegar tão tarde desta vez, assim consigo acordá-lo e lhe dar um pouco do gostinho da noite...

Vocês viram que eu tentei, mas não se pode dizer não ao convite de um grande amigo, não no aniversário não é mesmo?!

Depois conto todos os detalhes, podem deixar.

Beijos queridos, boa sexta para todos!












sexta-feira, 3 de agosto de 2012

O concurso

Quero uma carreira pública, me preparo para um concurso, venho estudando já faz tempo, entre uma balada e outra, uma recaída aqui outra acolá nesta vida boêmia que adoro, mas agora o papo é sério, concurso chegando, e decidi parar com isso de uma vez por todas, o objetivo é tão mais importante, e além do mais, já curti muito na vida, da pra parar agora sim, não vejo a hora de poder dar tudinho pros meus filhotes, poder viajar mais com o maridão... então resolvi pegar durinho desta vez, torçam por mim por favor, vou precisar de toda a ajuda possível pra conseguir isso.

Só vim pra pedir isso, ouvi dizer que quanto mais gente sabe do que você quer, mais o universo conspira a seu favor.
Agora torço pro mundo inteiro ler este post.

Depois eu volto com resultados.



sábado, 28 de julho de 2012

Ontem

Então ontem saí, me deixei seduzir pela noite como um gato.
As vezes me escondia em becos, subia em muros e observava,
quanto mais animado melhor.

Fui na casa do meu amigo e a galera de lá foi pra outro "role",
me encontrei com minha amiga que estava acompanhada e aos beijos já.
Entramos na boa e velha casa escura, tava rolando um show de rock'n roll que a muito eu não via tão bom,
dancei, dancei e dancei, bateria, baixo, guitarra e voz, não precisa mais nada, banda afinada e desvairada, parece propaganda mas eu tenho que falar, Zabomba é o nome da banda de ontem, pirei.

Depois fomos pra pista de cima onde tocava "trance", foi o que me disseram, sei que com uma luz incrível e tocando de tudo e inclusive The Prodigy, dizer que dancei foi pouco, e a sensação de corpo cansado de balada agora é orgásmico.

Pra fechar a noite, mostrei pro meu amor que efeito um presente de aniversário como esse pode ter.
É foda mas é verdade...
Sexo, drogas e rock'n roll baby!






Pra fech

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Tilt

As crianças foram para praia com meus pais, último final de semana de férias, minha cabeça está uma confusão e me esqueci de coisas importantes, e o pior de tudo, importantes para os meus filhos, como agasalho, sunga, escova de dentes...

Acordei sem vontade de fazer as malas, permiti que eles arrumassem as próprias coisas, dei alguma orientação, mas relaxei bem mais que o habitual. Ouvimos ópera, Adele e Roberto Carlos que o meu filho adora, aprendeu com a avó, tomamos café bem tarde e sem pressa, não arrumei nada, e estranhamente arrumei minha cama, mais pelo meu marido eu acho, do que propriamente por mim.
Algo consome minhas energias e minha atenção, isso não pode continuar assim, estava estudando com afinco, agora mal consigo ler uma folha inteira.

As aulas começam dia primeiro e já estou apostando na força da volta à rotina pra tentar mais uma vez, pra marcar mais uma data de início, de recomeço.
Será que meu filho vai me perdoar por esquecer o agasalho dele? Será que ele sabe que eu o amo demais, apesar disto?

Meu aniversário é segunda-feira e é bem provável que eu beba, não é muito a minha praia, mas enfim, preciso mesmo me afogar,  nem sei bem porque, ou pra quê?
Que se dane, a pequena garrafinha de vodka gasosa eu adoro.

Ainda não consigo parar de pensar no meu filhote, no frio que esta fazendo agora, nos meus pais putos porque terão que sair pra comprar uma blusa, e no quanto terei de mudar...


quarta-feira, 25 de julho de 2012

Impulsiva

Tudo corre bem, sem tropeços ou novidades, meu aniversário está chegando, não gosto dele, nunca gostei, acho uma bobagem contar o tempo, desnecessário e desleal, pessoas deveriam ser somente o que são, o que parecem ser, sem números, nada que as cataloguem e as coloquem em situações desagradáveis por conta da idade e da classe que determinaram para cada idade. Acho um saco.

Não gostaria que viessem me parabenizar pelo aniversário, tampouco quero uma festa porque ele chegou, mas quero sim sair para me despedir da idade que tenho, assim como uma "despedida de solteira", só que para esta meu marido está convidado, é claro.

Então, (estou sem assunto hoje), conversando com um amigo que disse-me que esta se sentindo um "adulto" só agora as vésperas de completar vinte e seis anos, e me perguntou quando foi que senti o mesmo. Disse-lhe que isto aconteceu quando nasceu o meu primeiro filho, pensamos que talvez tenha sido tarde demais, e que minha vida talvez tivesse mais "sucesso" se eu tivesse sido uma adulta com muito menos idade do que isto. Daí ele me disse que para isto eu teria que ter rido menos. Então pessoas mais competentes e menos imaturas riem menos? Que triste, gosto tanto de rir...
_______________
 O dia seguinte...
__________
Fiz uma coisa doida e me dei conta tarde demais, estou organizando a festa de aniversário dos meus filhos, farei os dois juntos. Ao buscar os amigos no facebook para avisá-los do evento, me empolguei e convidei quase todos os amigos, e ainda faltam todos os amiguinhos da escola, acho que estou ferrada. E se vier todo mundo? No salão do meu prédio cabem no máximo umas cem pessoas, e isto já seria uma confusão e tanto...

Bom, convidei com um  mês de antecedência, se eu não tocar mais no assunto, talvez os amigos que se lembrarem e comparecerem sejam mesmo os mais especiais?!

Aguardem novas notícias.











segunda-feira, 2 de julho de 2012

Esqueça

Mente dispersa, confusa, chapada...
Vai trabalhar assim, vai dar merda, deu.
Não lembra de nada, não entende nada, preguiça de fazer, preguiça de entender,
preguiça.
Toca o foda-se, levanta e vai ao banheiro,
passa uma água no rosto, vê se a vontade aparece, faz um xixi.
Não passa, o telefone toca,
não dá, não rola,
desliga ele, desliga agora.
O chefe reclama, não é chefe a toa,
ele sabe, ele sente, ele nota,
mas não sabe nada, não manja nada, embota.
Vontade de ir pro carro, vontade de ir pra casa, vontade de ir pra sempre.
Dane-se você, não sabe que gente é assim?
Pensa que sabe tudo, pensa que é fácil, pensa que é forte,
é fraquinha viu, e curte assim,
não quer trabalhar, não liga pra sua empresa,
não quer sua promoção ou seu salário,
quer só um pouco de paz, curtir esse dia lindo de sol,
ouvir o riso das crianças no playground,
esquecer que é segunda-feira.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A Chef

Tive dias tensos, briguei com uma colega de trabalho que me provocou, quase saí na mão com meu chefe (exagero, lógico) e pra piorar, voltei a fumar, coisa que tinha prometido não fazer, muito nervoso afinal.
Recebi uma mensagem do meu pai, mensagem bronca sabe, aquela do tipo pra te abrir os olhos com carinho, coisa de pai, estou precisando acho, preciso aprender a engolir sapos.
No meio de tanta turbulência emocional e profissional, no casamento encontramos a paz, o amor e o tesão vêm junto, amizade, admiração. Delícia esse meu sansei.

Agora no trabalho também esta ficando legal de novo, arestas aparadas, promessas de esforço de ambos os lados, sinto o sabor do desafio, uma vontade enorme de ser muitíssimo competente, calma, equilibrada, funcionária ideal. Como é difícil meu Deus! Ao menos pra mim, pra outros parece tão fácil! Inveja da competência alheia...

Comprei uma mesa nova para a sala de jantar, conjunto com buffet e tudo, muito linda, de madeira escura, estilo "country". As crianças estão crescendo, comendo mais e melhor, nossa antiga mesa redonda já estava pequena para os almoços, lições de casa e diversos trabalhos escolares.  Minha casa esta ganhando cada vez mais ares de família constituída. Coloco as travessas mais lindas no centro, capricho na apresentação e ensino meus filhotes a se portarem direito e agradecerem a comida que temos. Nunca comemos em silêncio, as crianças falam o tempo todo, graças a Deus.
Atualmente falam sobre a novela "Carrosel", aquela feita por crianças. É um barato, eles assistem quando estou no trabalho, depois contam-me com riqueza de detalhes e interpretações. Meus noveleiros adoráveis.

Sem medo agora, só correndo muito e pensando sempre no que farei para o almoço do dia seguinte, o maridão almoça com agente, entre outras armas que uso, começo a luta pelo estômago, gosto quando consigo um nocaute, ele satisfeito passando a mão na barriga, me olhando com aqueles olhos puxados sem dizer uma palavra...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Satisfações

Não sumi, só estou meio reclusa, vivendo, feliz numa boa.
Meus conflitos não são tão graves, meus assuntos não são tão cultos e nem tão puros.
Mas sem verdades ou mentiras, momento disperso e intuitivo, só meu.

Amigos aparecendo, outros insistindo em se esconder.
Parentes amados, amando a distância, resultado de calma,
a família é a primeira a estar presente quando as coisas não estão bem.

Marido, nossa, sem palavras, muita paixão por esse marido.
Meus filhos são meu ar, nem menos, nem ao menos.

E assim vou indo, volto logo pra dizer
pra contar, pra saber e me encontrar.

Não era pra ser poesia, mas me empolguei.
Bem pouco é verdade,
o momento não é de muitas palavras, nem inspiração.

Tudo bem, meu silêncio não será em vão.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Ficar com eles

É domingo, estou no trabalho novamente. Tive um final de semana ótimo junto com meu marido e filhos, mas sinto uma angústia enorme, não quero trabalhar. Estava vendo um filme, "A Troca". Não consegui ir até o final, filmes que falam de morte ou desaparecimento de filhos me apavoram, e agora tudo o que quero é voltar pra casa, pra perto dos meus, e nunca mais ter que sair de casa ou de perto deles.

Meus pais estão ficando velhos, tenho tido medo de ficar sozinha, parece que quando os pais morrem é assim que agente fica, sozinho. Quando tenho algum problema e estou neste trabalho de merda, é a minha mãe que cuida dos meus filhos pra mim, desta maneira consigo ficar tranquila, pois sei do amor imenso que ela nutre por eles. Quando tenho dificuldades maiores recorro ao meu pai, ele me ajuda muito, até mesmo quando eu não peço, me dá uma sensação de proteção que não sei viver sem ela, o papai é minha coluna vertebral.

Depois que tive filhos tive que me tornar uma mulher adulta, mas ultimamente me sinto como uma criança quando estou com medo por eles, ou com medo do futuro.
É um medo muito grande, uma coisa que aperta o meu peito, me deixa sem ar. Não consigo conversar sobre isso com o meu marido, sempre tão racional, não me da colo e nem sequer ouvidos.

Meu sonho era ter dinheiro o suficiente para lhes garantir a boa escola que tenho que pagar, seus cursos, suas roupas, passeios e tênis, tudo sem precisar sair para trabalhar. Tenho ficado mal com as noites perdidas no trabalho. Neste sábado foi minha folga, vivi aquela noite ao lado deles como se fosse uma dádiva, e eles agem da mesma forma. Ficam tentando se manter acordados para que dure mais o tempo que estamos juntos, estão inseguros e carentes, e não posso fazer muita coisa já que eu também estou, insegura por eles e carente deles.

Não estou aguentando mais, quero sair daqui, quero correr pra casa e nunca mais voltar, quero estar ao lado deles e pô-los para dormir todas as noites, contar uma bela história e ouvir seus sorrisos antes do ressonar.
Quero poder viver sem medo.

Nos falamos todas as noites antes que eles se deitem, ao telefone tudo parece normal, mas num domingo como este, está doendo muito pra mim.

domingo, 13 de maio de 2012

Um homem para chamar de amigo

Ele estava ficando no ponto, fazia elogios, falava em sutilezas, expunha sabedoria e cúltura, até que começou a falar sobre o seu tesão, neste momento ela ficou tensa, achava que com ele seria diferente, mas não.

Era maravilhoso ser bela, ter este poder sobre os homens, fazê-los felizes com sua presença e atenção, suscitar o desejo, a admiração, a curiosidade, mas ainda faltava uma certa distância, o reconhecimento da sua vontade, o respeito ao que ela havia escolhido como modo de vida.

A mente irrequieta, o corpo num fogo constante, a paixão pelos homens e sua forma de agir e pensar, isso fazia dela bastante atraente, mas o que os incendiava e os deixava mais audociosos e corajosos para se aproximar e se arriscar, era a profundidade dela,  larga, enorme e sem barreiras para segurá-los.

E assim ela os perdia, um a um.

Eles chegavam, a princípio apenas cavalheiros diante do interesse de uma bela mulher, e após iniciar um diálogo, logo se interessavam e dali a pouco tempo vinha o tesão, e quando o desejo chega ao corpo de um homem, ele deixa de ser amigo para se tornar um caçador, satisfazendo o falo duro que manda no corpo todo, inebriando a mente por completo. E quando já cansada de tentar afastá-los com delicadeza, ela os lembra da sua condição de esposa e mãe,  para eles é quase um incentivo, e de nada adianta. Ela então usa sua última cartada, aquela que os afasta definitivamente, fala do amor pelo homem escolhido, do quanto só consegue se entregar aos devaneios eróticos nas mãos deste único homem.

Com o território demarcado por um macho imponente na vida, mente e corpo daquela mulher, eles fogem frustrados e raivosos, a admiração dá lugar ao desprezo, a curiosidade vira desinteresse completo, e mais uma vez ela perde a chance de ter um amigo de verdade.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mãe

Difícil escrever, só to passando por aqui pra não pensarem que eu desisti de tudo, é um bloqueio total, sem inspiração para escrever nada.

Em casa esta tudo bem, curtindo a maternidade e numa boa com o maridão amado. No trabalho, bom, nem vou falar muito pra não dar zica, mas as coisas se acalmaram agora, já ficou bem ruim, uma pressão absurda por uma competência que ainda estou aprendendo a ter, complicado, mas possível, vou dar conta sim, se Deus quiser.

Fazendo regime pra ficar fininha, e esquentando os tamborins pra voltar a malhar, ainda não tive coragem.

Meu marido me "sugerindo" estudar, minha mãe dizendo que até paga meu curso de inglês, e eu querendo ficar em casa com meus filhotes, não por socego, mas porque quem vai cuidar das lições de casa, dos dentes escovados, dos "dodóis" e etc?
Acho que se eu fosse uma daquelas mulheres ricas não teria babá, empregada pra me ajudar na limpeza e na comida, sim, com certeza, mas babá? Não, só quando quisesse ir para a balada, daí seria muito bem vinda.

Hoje a maior correria, fazendo almoço, ajudando meu filho na tarefa e a minha pequena me pede pra brincar com ela, com uma carinha que vocês não podem imaginar, daí larguei tudo por quinze minutos, e fui lá ajudá-la a por roupa nas bonecas, coisa que também adoro, ela ficou tão feliz que valeu a pena correr o triplo depois.

Descobri que minha chefe me ama, que ótimo, eu também a amo, ela é uma fofa, uma senhora uruguaia que fala comigo como se fosse minha vó, me defende nas reuniões, e estou trabalhando feliz ao lado dela, as pressões são grandes, mas ao menos o clima no trabalho esta muito bom, tenho dado muita risada com meus colegas que são em sua maioria gringos, e rimos muito das dificuldades com os idiomas português e espanhol, inglês então nem se fala! A coisa mais divertida é ter que falar com um chinês em inglês, ou com um indiano, praticamente voltamos a ser como crianças que estão aprendendo a falar, é divertido.

Feliz por estar chegando o dia das mães, parece bobagem, mas esta data vêm com uma carga emocional braba, além do mais, só se entende a mãe depois de sê-lo, por isso minha vontade é expressar toda a minha admiração e respeito por essa mulher que me ama tanto e cuida de mim até hoje.
Minha mãe não existe, quando eu estava grávida da minha filha, resolvi fazer um curso de corte e costura (não estava trabalhando no momento), daí ela mesma foi comprar todo o material necessário para o tal curso, quando peguei o caderno não acreditei, estava encapado com aquele plástico vermelho quadriculado do tempo da infância, etiqueta bonitinha com o meu nome escrito em uma linda letra de professora, a tesoura estava com o meu nome e os demais materiais também. Seria ridículo se eu não estivesse grávida pela segunda vez, já plena da emoção de ser mãe e cuidar de outro ser humano para o resto de minha vida, algo inenarrável. Após esta experiência, deixou de ser ridículo para ser lindo. É amor, puro e feroz.

Será por isso meu bloqueio?  Momento maternal, foco nos filhotes e ponto final.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Preto no branco

Estava vendo a entrevista da apresentadora Titi Müller no UOL, me deu um alívio tão grande ouví-la. Depois de publicar mais um texto com pegada erótica, recebi comentários meio esquisitos, e ouvir uma pessoa falar de sexo sem falsos pudores, sem aquela caretice extrema tão comum ao nosso povo, é um alívio pra mim.

Eu particularmente adoro falar sobre sexo, sou aberta pra falar, não tenho vergonha de nada, tenho somente receio das pessoas e suas mentes limitadas e reprimidas, isso me trava um pouco, e acho que é por isso que tenho este espaço, aqui posso me expressar com mais liberdade, algo necessário pra mim, se não explodo.

Não sou homossexual, mas também posso beijar uma mulher sem o menor problema, acho gostoso, sexy, como já falei aqui, mas nunca senti tesão por mulher nenhuma, aquela coisa de olhar para uma pessoa desconhecida e ficar molhada, isso só com homens mesmo. Quando eu era adolescente, fiquei um pouco confusa, achava que podia ser gay porque sentia tesão vendo as revistas de mulher pelada, ainda hoje sinto isso, mas entendi que me excito pela circunstâncias, acho muito excitante vê-las naquela situação, sempre imagino a cena toda, o iluminador olhando, o maquiador, o fotógrafo, e toda a equipe, além do público que comprará a revista e ficará louco com ela, me coloco naquela situação, quando vejo a revista sou a estrela da capa, do poster, acho tudo isso bem gostoso, ao menos na minha fantasia.

Outra coisa chata é ter que explicar para as pessoas o que é uma fantasia sexual, ai gente, pelo amor de Deus! Até parece que só eu tenho fantasias! Fantasias são situações imagináveis, coisas que você provavelmente não faria em sã consciência, mas na fantasia é o máximo, como dar pra um monte de pedreiros em fila, ou transar sobre a boléia de um caminhão em movimento, enfim, é só fantasia mesmo e por isso é tão bom.

Minhas fantasias sempre são exibicionistas, e o mais engraçado é que me considero um pouco tímida, bem pouco,  é verdade. Um dia, faz muito tempo, estava com um namorado numa casa de praia com amigos, era a primeira vez que dormíamos juntos em um quarto com outras pessoas, neste caso foi com um casal de amigos. Embora este casal estivesse num canto do quarto grande, e nós no outro, fiquei desconfortável até mesmo para conversar, muito tímida, e olha que estava tudo escuro, mas só pensar que eles podiam achar que eu estava transando já me deixava constrangida. Fiquei tão bloqueada com aquela situação, que dormi imediatamente, deixando meu namorado a ver navios. Depois daquela noite entendi que minhas histórinhas exibicionistas não passavam de fantasia. Até gosto de me arriscar, e já fiquei sonhando em ir a um bar de swing ver como é e tal, mas sempre amarelo, a realidade não é tão gostosa e inconsequente.

Então é isso, sou casada, louca de pedra pelo meu maridão, que graças a Deus têm uma cabeça ótima e evoluída, não faço programas, sou mãe de duas crianças e trabalho assalariado como qualquer mulher comúm.

Capito?

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Lícito

Ele chegou lá com sede, entrou de sopetão e foi logo tomar água na pia, nem pegou um copo, bebeu água da torneira pondo a mão por baixo como adorava fazer. Um silêncio na casa... enxugou a boca com as costas da mão,  foi direto para o quarto. Ela estava dormindo de lado, esparramada na cama, ressonando alto, com a bunda um pouco pra cima, estava com um pijama de cetim amarelo estampado com pequenas figuras, pequenos desenhos infantis. Naquela bunda gostosa e redondinha era até meio desconcertante um desenho tão pueril.

Foi seco até ela, sentou-se na cama e começou a lhe acariciar a bunda, ela se mexeu e abriu os olhos lentamente.
_Oi, que horas são?
_Não sei, umas dez horas eu acho.
Ela se sentou, olhou pra ele toda descabelada, os bicos dos seios marcando a camisa amarela e disse:
_Espere um pouco, vou tomar um banho.
Ele ficou nervoso, não queria esperar, era capaz de encarar o bafo dela logo cedo tamanha a vontade que sentia. Pensou que talvez se ela fizesse um boquete seria melhor, mas ela não parecia estar com nenhuma vontade pra isso, então resignou-se. Ela não perdia por esperar, ele pensou.

Foi para a sala, ligou a televisão, nada o prendia, mudava o canal sem nem pensar e o banho parecia não acabar. Pensou em entrar lá, jogá-la na parede, comê-la dentro do box, debaixo do chuveiro ligado, mas... Ainda não era isso que ele queria, achou que assim acabaria muito rápido, e a fome era de selvageria, sem água pra lavar a sujeira, queria sentir o gosto, lambê-la inteira, ouvir os barulhos...

Então o chuveiro foi desligado, ela pegou a toalha e se enrolou, saiu do box e se olhou no espelho sobre a pia, passou a toalha no espelho para poder se olhar, achou que estava linda, a pele bem rosada, os longos cabelos castanhos molhados, os seios firmes e macios, redondos e pequenos, ela sabia que ele íria gostar.

 Já estava transando com esse cara fazia algum tempo, mas era só quando ela queria, não fazia concessão, não lhe permitia ter o controle, ela mandava, e ele parecia gostar, ficava cada vez mais louco, aparecia nas horas mais improváveis, sempre com um desejo difícil de saciar, e era esse desejo que a incendiava, era o que a deixava com vontade de estar com ele. Não o achava muito atraente, não era feio, mas também não era bonito, gostava do seu corpo, dos olhos azúis, do cabelo loiro e crespo, mas ainda assim não o achava bonito. O que o fazia atraente era a sua transparência, o modo como olhava pra ela sem se esconder, sem diminuir o tamanho do tesão que sentia, sem entender a profundidade daquela mulher e tampouco se importar com isso, sem fazer perguntas, somente satisfeito por tê-la quando ela permitisse, porque desejar ele desejava sempre.

Abriu a porta do banheiro e foi até a cozinha passando por ele sem nem olhar. Ele jogou o controle da televisão no sofá e foi atrás dela, ficou parado na porta da cozinha enquanto ela abria a geladeira e pegava uma cerveja. Ficou encantado, ela estava muito sexy de toalha, ainda molhada, tomando uma cerveja logo pela manhã, essa falta de pudor o excitava. Foi então que ela virou e encostada na pia olhou pra ele, tomou um gole grande de cerveja  e deixou a toalha cair.

Ele partiu pra cima dela como um cachorro com fome, beijando-a sentiu o sabor amargo e gelado da cerveja ainda na boca, pegou-a pela cintura e a sentou na pia abrindo-lhe as pernas, beijava e lambia seus seios, sua boca, seu pescoço. Agarrou-a pelos cabelos e puxando sua cabeça para trás despejou toda a cerveja gelada sobre seus seios, ela gritou, de frio e de prazer. A cerveja escorreu para o meio de suas pernas e ele sugou o clitóris, bebendo toda a cerveja que escorria por ele, fazendo com que ela se incendiasse, e então pedisse:
_Me dá um gole?!
Ele abriu a geladeira e pegou mais uma, abriu e despejou em sua boca, dando-lhe um banho, beijando-a e descendo pra beber em sua vagina que escorria.
Ela pegou a lata e despejou o resto sobre ele, puxou-o pelos cabelos só para poder beijá-lo, bebe-lo, lambe-lo todo, então ele descia novamente e chupava-a toda, seus seios, sua barriga, sua buceta.
Neste momento ela já implorava por ele, queria sentí-lo dentro dela, enorme que era, pulsando louco e agressivo. Puxava seus cabelos, apertava-lhe o rosto contra a buceta, arranhava suas costas e pedia:
_Vem agora, vem agora, por favor!

Nesta hora, e somente nesta hora, o controle era totalmente dele. Ele a puxou pelos cabelos com brutalidade, fazendo com que ela descesse da pia e ajoelhasse no chão, ela então foi chupar seu pau e tentou colocar as mão sobre ele, mas ele não a deixou, forçou sua cabeça até que ela tivesse que engoli-lo todo, e a ãnsia dela o deixava ainda mais teso. Tê-la totalmente sob seu comando, fazendo com ela o que queria. Quando ele achou que não suportaria mais, pegou-a pela mão e a puxou até a sala, fazendo com que ela se encostasse de costas no rack, quase derrubando a televisão, colocou uma de suas pernas para cima, e enfiou-lhe o pau com força. Ela gemeu, e gemendo foi agarrando-o pelo quadril enquanto ele estocava cada vez mais forte, os dois como animais sem controle, ela gozava alto, os olhos semicerrados, dizendo-lhe obscenidades no ouvido, dizendo-lhe as coisas que ele mais adorava ouvir, e então gozaram juntos selvagemente, exaustos e ensopados de suor e cerveja.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Proseando

Emoções diversas, vontade de falar de tanta coisa...

Hoje a tarde estava com uma inspiração absurda, sempre na hora de lavar a louça. As crianças fazem o dever de casa e logo descem para brincar no play do prédio, fico na cozinha fazendo o almoço e lavando a louça, fico em silêncio, muito raramente escuto o rádio, mas hoje fiquei comigo, pensando e pensando, descrevendo um ótimo post em minha mente, onde cabiam até mesmo algumas descrições quentes, algo eróticas, coisa de que gosto mas tenho tido alguma dificuldade de escrever.

Tenho que parar tudo e ir logo para o computador, mas não aprendo, além de não me sobrar tempo. Daí a inspiração vai embora, venho para o trabalho e esqueço-me de tudo, é uma pena.

Mas estou bem, vim trabalhar mais bonita, ando cuidando mais desta parte, coloco um salto alto e tudo parece ficar mais lindo, mais interessante. Mesmo saindo depois da meia-noite, quando não fará a menor diferença a roupa que estou. O chato é ver meu amor sempre com aquela cara de Maria _sem querer ofender as Marias, vocês sabem do que falo_ pela manhã estou aquele bagulhão, camisola de algodão da época da gravidez, é uma delícia dormir com elas. Na hora do almoço é um pouco melhor, mas a correria me deixa pouco atraente, e de noite meu amor só me vê quando já estou na cama, isto quando consigo _ou quero_ acordá-lo, então ao vir trabalhar mais arrumada, guardo um pouco desta sensação pra passar pra ele, e pra mim.

 Meu amor adora me ver bem linda, mas tem visto muito pouco. As vezes é até engraçado, outro dia fomos convidados para um aniversário de criança, era uma festa em casa mesmo, e eu toda empolgada porque ía sair, finalmente! Coloquei um vestidinho vermelho e curto, saltinhos atrevidos, fiz escova nos cabelos, aquele batonzão vermelho pra combinar e uma pulseira dourada arrematando um visual que ficou demais! Meu filho que é meu maior fã, ficou passado, minha filha disse que eu estava linda e meu marido gostou, mas ficou calado, como sempre. Chegando na festa logo vi as pessoas de tênis, umas mulheres tão sem graça que meu Deus! Fui me desmontando lenta e discretamente, tirei a pulseira dourada e guardei na bolsa, passei um lencinho no excesso de baton e coloquei meus esvoaçantes e lindos cabelos atrás das orelhas pra ficar mais simplesinho, pra caber melhor naquele ambiente. Meu marido sentou-se ao meu lado e me olhava com cara de sarro, mas não deixou passar o olhar de afeição e admiração, então a noite valeu pra mim.

Peguei a programação do Teatro Municipal, vamos ver se ao menos lá consigo ir mais bem vestida. Não vejo a hora de apresentar a música clássica aos meus filhotes, as óperas que adoro, ao ambiente refinado e acolhedor do Teatro que me encanta desde criança quando meu pai me levava até lá e juntos nos enebriávamos de cultura e beleza.

Quem sabe hoje consigo chegar no pique de namorar um pouco, nada como um bom orgasmo para fechar um ótimo dia!
Hoje o dia foi ótimo, e estou me sentindo gatona. Minha menstruação acabou, então, dentro de poucos dias estarei no período fértil. Ai que delícia! Tesão, tesão e mais tesão!

Aqui no trabalho as coisas caminham mais tranquilas, ainda bem, não aguentava mais tanta cobrança.

Ah, deixa o trabalho pra lá!


terça-feira, 3 de abril de 2012

Moderna, pero no mucho.

Gripadíssima, garganta arranhando e doendo, nariz escorrendo, voz rouca e sensual, apesar do visual constipado e pálido.

Meus clientes estranham um pouco minha voz rouca e mais grossa que o habitual, mas agrado, e como adoro agradar, acabo curtindo ao menos esta parte de estar doente. Quando voava, ou para quem não entende, quando trabalhava como comissária de bordo, adorava estar rouca, fazer os speeches de bordo com aquela voz sensual saindo pelos auto falantes, os passageiros sempre levantavam o olhar e eu podia ver as cabecinhas besbilhotando no corredor, procurando de onde a voz saia, era muito gostoso.

Está uma pegação de pé muito chata no meu trabalho, no momento estou com um chefe prestando atenção a tudo o que eu falo,  acabo de falar com um cliente do Suriname, detesto ter que falar em inglês, ainda mais quando têm gente me observando, ele disse que eu parecia insegura. Ora, descobriu a América! Lógico que fico insegura, mas meu cliente ficou satisfeito e então fico feliz também.

Estudar, estudar e estudar é tudo o que preciso neste momento, e pergunta se consigo? Mas olha, meus filhotes estão lindos, super bem cuidados, tenho feito almoços maravilhosos e meu marido esta adorando, ao menos nesta parte da minha vida estou cada vez mais eficiente. Ohhh vida de mulher moderna viu!

sábado, 24 de março de 2012

Paixão

Ainda sem definição
não sei se é amor ou não
não sei o que é esse silencioso sermão
só sei que ele me tira a mão
me tira o sorriso
e eu fico sem chão.

Porque meu Deus,
porque me deu essa paixão?
Tá certo eu pedi
implorei por amor e compreensão
implorei por família e definição
da vida abençoada, da mulher que sou.

Não imaginei que seria tão
não pensei que era assim tão bom
e agora estou como um cão
quero a vida dentro das grades deste homem são.

terça-feira, 20 de março de 2012

Moleque

No trabalho, e olha que hoje até esta bom, começou meio estranho, meu chefe falando atrás de mim,  para minha supervisora, que teria que cortar duas pessoas e eu era a primeira da lista. Surtei, virei e disse pra ele:
 _"Dá pra falar isso em particular, ficar ouvindo é meio desagradável."

Ele veio com uma desculpinha ridícula e cara de cú, e depois foi pra salinha falar com ela. Eu nervosíssima até saí pra fumar um cigarro, de puro ódio. Ele é um moleque, muito inconsequente.
Depois conversando com minha supervisora, que já é uma senhora bem mais experiente, fiquei sabendo que era como uma provocação pra mim mesmo, fiz uma besteira no trabalho, e ele queria me deixar com medo, pra ver se eu ficava mais esperta. Achei tão besta! Deu resultado sim, fiquei bem esperta, mas podia ter sido mais adulta esta estratégia, coisa mais besta.

Tudo bem por aqui, agora o chefe já foi embora, melhorou muito o ambiente.
Ahhhhhhhhh posso relaxar!

Pior é que foi bem num dia que eu estava discutindo com o meu marido, no meio daquela crise horrível, não prestei atenção no trabalho e cometi um erro estúpido, é claro que veio uma reclamação direto do México, muito chato.
Agora é força total e atenção, chato, mas necessário.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Sexta-feira

Sexta-feira, que vontade de sair! Nossa, será que isso não passa? Sei lá, envelheço e continuo com vontade de beber, dançar, fumar, trepar, ai meu Deus!
Falei com o maridão e nada, cheio de compromissos e responsabilidades para amanhã logo cedo, então a balada será em casa mesmo, resolvi ficar caseira em prol da nossa ótima fase depois da crise que passamos, mas vou te falar, to com um siricutico! Ai ai...

Outro dia_ outro dia nada já faz mais de um mês_ consegui sair com o maridão, fomos para um aniversário de um amigo, era uma balada gay, adoramos, voltamos para casa bêbados e felizes depois de rir muito, conhecer muita gente interessante. Um  se escorando no outro até chegar em casa, bem final de festa mesmo, mas foi tão legal! Nunca me senti tão segura, acho que até por isso exagerei demais na bebida, queria finalizar a noite com ele, mas capotei, não teve como.

Comprei um vestido e sapatos novos só para esta balada, queria estar linda e gostosa pra ele. Se ele achou eu não sei, mas deve ter achado, afinal os outros homens, os que não eram gays, eles acharam sim. Ganhei um beijo de uma menina no banheiro, mulher quando te acha um tesão é porque você realmente esta um tesão. Foi muito engraçada esta situação, ela me pediu pra segurar sua bebida enquanto ía ao banheiro, e disse que eu podia beber, eu bebi, lógico. Daí ela saíu e ficou me esperando porque eu estava com a bebida, conversamos e rimos um pouco, ambas altinhas já, ela me puxou pela cintura e me deu um beijo, disse que eu era linda e saiu. Arrumei a roupa e os cabelos e saí, contei pro meu marido e ele só riu, acho que não liga quando é mulher que dá em cima, ele é mais ou menos como eu, também não ligo quando é mulher, acho engraçado e sexy, fico com o ego infladíssimo e só me faz bem.

Depois ficamos conversando com uns chilenos que eram namorados e outros caras, uma menina deu em cima dele, daí sim achei que já era hora de ir embora, tá louca?! Meu amor é só meu.

Agora tá passando, já estou com vontade de ficar só com ele, o melhor a fazer é um drink em casa, só pra nós dois, as crianças bem que podiam dormir na casa da avó né...?!


segunda-feira, 5 de março de 2012

Comédia

Tenho tido uma nova postura que esta sendo muito divertida, é assim, estou triste, assisto comédias, estou tensa, assisto aventuras ou filmes de ação, estou bem, assisto o que eu quiser, até mesmo um bom drama. Impressionante como faz bem, indico para qualquer um, embora por vezes pareça um pouco louca.
Outro dia tive uma daquelas brigas comuns que tenho tido com meu marido ultimamente, vale dizer que sempre fico arrasada com elas, daí cheguei no trabalho e fui logo procurar uma comédia, acabei assistindo um besteirol muitíssimo engraçado que me fez rir muito, por duas horas inteiras, cheguei em casa ótima, feliz, brincando com as crianças e nem ligando para a briga recente, meu marido me olhando com uma cara boa, meio surpreso e gostando, é claro.
Então agora é assim, como sou uma montanha russa de emoções, achei um bom meio de elevar o astral, da maneira mais natural possível, rindo! Os indianos já dizem a muito tempo que é realmente muito eficiênte, e criaram até mesmo um tipo de método onde as pessoas se reunem para fazer o exercício do riso, quando vi a matéria na televisão eu ri, o que foi ótimo, mas não levei a sério, fui uma tola.

As coisas caminham como devem ser, as crianças lindas, incríveis, maravilhosas _ sou a mãe mais babona do mundo_ o casamento sendo literalmente levantado na base do esforço físico, vamos que vamos!

No trabalho descobri o poder das horas extras, somente recebi horas extras em dinheiro quando voava, depois disso nunca mais, e isso faz muito tempo. As empresas vêm com aquela história de "Banco de Horas", uma enrolação sem tamanho, nunca é possível tirar as tais horas, dias inteiros acumulados em horas extras, pois bem, minha empresa as paga em dinheiro! Agora eu adoro isso aqui, sempre gostei de fazer atendimento em espanhol, mas o trabalho noturno e o isolamento estavam um pouco chatos, até que recebi o pagamento deste mês. Uau! Quanta diferença! Passei a amar e me dedicar muito mais, me fez pensar na economia burra feita pelas outras empresas, já que acabam com funcionários cansados e desmotivados, além de endividados. Posso apostar como teriam ainda mais lucro caso fizessem esse pagamento tão justo e merecido.

A vida caminha à passos largos, rumo a felicidade e fartura, estou em busca de paz agora, acho que estou chegando lá.




segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Carnaval

E olha que não acabou ainda não, fomos para a praia, o mar, o calor, as crianças, o carnaval e o nosso amor, ainda estava lá, ainda esta aqui, deu pra sentir, conversamos, e após algumas promessas de esforço mútuo tudo se acalmou. Ainda bem, fui em cacos, voltei inteira, bronzeada e feliz.

Vou tentar muito, com todas as minhas forças, com todo o meu amor por esse homem assim meio esquisito, mas que é tão importante pra mim.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Acabou

Então acabou, sabia que estava morrendo, acabou mesmo, sinto uma dor enorme, um desamparo, mas não há mais desespero, nem tampouco calma, apenas resignação e vontade de reconstruir, não o casamento, mas a mim mesma.

O amor esta aqui dentro do meu peito, o desejo foi embora, ando machucada demais pra isso, e machucando muito também, infringir dor é fácil e necessário nessas horas, mas chega, agora só quero paz, não quero vê-lo sofrer, não quero sofrer mais, quero só cuidar de mim.

Ainda não fiz as unhas, e hoje percebo a diferença que isso faz, se eu mesma esqueci de cuidar de mim, porque outra pessoa faria isso?

Ainda vou para a praia, saio hoje mesmo, vamos juntos e sós.
As crianças ainda não perceberam nada, Deus queira que eu consiga fazê-las ignorantes do sofrimento ao redor, Deus queira que seus risos e gritinhos de felicidade possam nos contagiar e refrescar a dor das queimaduras desta guerra.

Ainda estou na batalha, mas a trégua começou.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Esse homem

Oi, sai ontem com meus amigos, delícia, até o momento em que ficamos presos num engarrafamento, o motivo, a polícia estava fazendo bafômetro, pânico total no carro, estacionamos na hora e fomos para o tal lugar a pé mesmo, meus documentos andam pra lá de Bagdá, ainda não arrumei tudo.

Estou no trabalho, pra variar, em pleno sábado, ainda farei duas horas extras a pedido da minha chefe, tudo bem, eles pagam, então eu faço.
Em casa esta tudo bem, ando bastante feliz com minha rotina, cuidando das crianças, adoro estar com eles, e sinto saudade quando vão para a escola, adorei essas férias, meu horário de trabalho permite que meu dia seja bastante longo, eu gosto disso, sinto que estou vivendo mais.
O casamento melhorou um pouco, não o suficiente pra eu não ter vontade de sair, mas ainda espero que isto aconteça, sei que é possível porque já passei por uma fase assim que durou bastante tempo, mas melhorou, parei de ficar correndo atrás do amor e atenção dele, chega, se ele não quer falar, então que fique na dele, farei minha felicidade eu mesma, e esta funcionando, ele se volta mais pra mim gradativamente, muito lentamente é verdade, mas ao menos volta, e espero que volte mesmo, adoro sair com meus amigos, ser assediada e tal, mas é só paliativo para a atenção que eu não tenho em casa, depois dá um vazio grande, muito ruim ser apaixonada por alguém que se afastou, é um trabalho árduo fazer o relacionamento voltar ao que era antes, de nada adianta ter a atenção dos homens que eu não quero do meu lado, esse prazer dura cerca de quinze minutos, daí eu já não quero mais, volto pra casa correndo_ abandonei literalmente meus amigos na balada_ voltei correndo para os braços do meu amor que como sempre me recebeu com calor e carinho, ah, eu amo esse homem.

Tá difícil

Faltam quinze minutos pra eu ir pra casa, não tenho muito o que contar, apenas não sinto vontade de ter minha vida exposta, as pessoas confundem meus personagens comigo mesma e isto me deixa meio confusa, por isso acabei saindo daqui por um tempo, ainda não sei quando voltar, quem sabe quando bater a inspiração para um post melhor, ou vocês terão que aguentar ladainhas como essa por algum tempo...

Marido - Distante, ausente, frio, burocrático e cansado.
Filho - Carinhoso, levado, estudioso e lindo.
Filha - Carinhosa, comunicativa, insegura e sonâmbula.
Eu - Incansável, insegura, irritada, antisocial e esperançosa.

Essa é a atual situação, não coloquei mais coisas a meu respeito porque não quero arranhar minha imagem e nem tampouco expor-me muito, aos meus filhotes muito menos, tão lindos, tão espertos e felizes, meu porto seguro, minha motivação para tudo na vida, tudo mesmo.

Entrei naquele iglú que eu adoro, encostada na minha parede fria, que no momento é tudo o que tenho.
Lutando por cada centavo, por cada sorriso, por cada momento feliz.
Esta chegando o carnaval, vou para a praia, não terei nem ao menos dois dias de folga, mas irei ainda assim, esses momentos em família.

Quem sabe volto mais animada para escrever, ainda tenho leitores que passam por aqui as vezes, é por eles que volto também, ainda me motivam a escrever um pouco, devem ser meio depressivos como eu nesses momentos, sei lá.

Ok, quero uma caipirinha de cachaça neste carnaval, usar a droga liberada e tentar um barato melhorzinho... tá difícil...

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Depilação

   Então escrevi, e olha que foi um parto, meu momento não é de falar sacanagem, até gosto se alguem colocar uma pilha, mas quem? Pedi ajuda aos amigos, todos têm fantasias sexuais mas ninguém fala!! O vergonha besta, não me conformo com a caretice alheia. Enfim, tem que sair tudo da minha cabeça e pra falar a verdade, tenho sentido certa dificuldade de escrever, simplesmente porque me falta técnica, estudei muito pouco, não terminei a faculdade de jornalismo, fiquei anos voando sem escrever nada, ferrou, agora com a prática deve melhorar um pouco, além da leitura periódica, mas não dá pra fazer milagre, sou mãe de dois filhos pequenos, meu marido me pressionando pra fazer algum concurso público e meus chefes me pressionando para aprender inglês e alcançar a fluência o mais rápido possível. Sinceramente, não sei por onde começar, fora a pressão pra estar sempre linda, em forma, sem celulite, coxas duras, bunda dura, ai que saco!! Outro dia um amigo me cobrou as unhas, desde que parei de voar quero que minhas unhas se lixem sozinhas, eu roo é claro, ele me disse que os homens reparam muito nessas coisas, que por vezes chega a ser eliminatório. Que se dane, pensei, mas o problema é que desconfio que meu marido é bem desse tipo de homem, a diferença é que ele não reclama, não das unhas pelo menos.

   Não adianta, texto erótico tem que sair sem pressão, se não sai essa coisa meia boca, não fode nem sai de cima, literalmente.

   Mas pensei em postar novamente um texto que escrevi ainda na época da faculdade, tinha vinte anos, foi o primeiro erótico que escrevi, e fez um imenso sucesso quando o postei neste blog antes de achar que não devia escrever mais e acabar com tudo.
Então lá vai, aos que já o leram, matem a saudade:

Depilação

   Falavam ao telefone animadamente sobre a viagem no final de semana seguinte, ficariam na casa de praia da ruiva que falava com a amiga morena, mais cinco colegas da classe estariam lá, apenas meninas, todas com dezoito anos. Conseguiram convencer os pais preocupados, seria legal, sete meninas divertindo-se entre dias na praia e noites na praça tomando sorvete, nada de mal, conversavam sobre as mochilas já arrumadas, ansiosas compraram as passagens de ônibus com antecedência, tudo pronto quando a morena perguntou:
   _Já fez depilação?
   A ruiva não havia feito, sendo assim apressou-se em desligar para marcar hora no salão, este, conhecido pela higiene e delicadeza das atendentes, era concorrido, a ruiva então teve que insistir, teria que ser naquela tarde, pois viajariam a noite. Conseguiu um encaixe, a moça conhecida não estava disponível.
    _Pode ser qualquer uma então!
   Marcou com uma outra qualquer com agenda menos apertada. Tomou banho, gostava daquele sabonete de bebê, não usava perfume ou desodorante, preferia ficar com aquele cheirinho de nenêm que fazia sucesso entre os meninos da escola, pensou satisfeita em como era gostosa, uma ruiva de cabelos longos, seios fartos, quadris de mulher feita e cheirinho de bebê, "se fosse homem ficaria louco por mim, se fosse mulher ficaria louca de inveja", sorriu maliciosa. Colocou um vestidinho largo e curto que fora feito pela mãe, azul turquesa com flores miúdas e cintura marcada, calçou sandálias baixas de couro cru, penteou os longos cabelos vermelhos e nos lábios somente saliva.
   Já no salão, teve que esperar um pouco, estava bem cheio, mulheres de todos os tipos e idades, folheando revistas velhas, entediadas procurando não olhar umas para as outras, colocando nos rostos um ar de desinteresse pela aparência alheia.
   Enfim fora chamada, levantou-se puxando o vestido entre as nádegas arrebitadas causando um certo desconforto entre as mulheres que aguardavam, tinha consciência de sua beleza e sensualidade, jogou a cabeça para o lado tirando os cabelos ruivos do rosto, fazendo-os pousar sobre os ombros redondos e muito brancos.
   Sua cabine era a número seis, entrou, não havia ninguém, esperou e no instante seguinte a atendente abriu a cortina de plástico azul escuro, pôs a cabeça pra dentro e falou:
_Vai fazer o quê?
_Meia perna, virilha e ânus_disse ela.
_Então tire o vestido e fique de sutiã e calcinha_ saiu dizendo que ia buscar a cera, fechou a cortina atrás de si. A ruiva tirou o vestido e as sandálias, colocando-os num banquinho próximo para isso, deitou-se na maca sobre um papel pardo que fazia barulho, não tirou o sutiã nem a calcinha brancos de algodão. A atendente então entrou no cubículo fechando a cortina, trazia na mão uma espécie de panela cheia de cera quente, ligou o ventilador sobre a maca e isto fez os pêlos das pernas da ruiva se arrepiarem e seus cabelos voarem.
   A moça era uma morena grande bem acima do peso, seios imensos que faziam os botões do guarda-pó branco quase estourarem causando certa aflição, mãos grandes e unhas bem feitas, bonita como toda gorda é, cabelos pretos e longos presos por um pequeno lenço branco, muito objetiva e bastante seca falou:
   _Com esta calcinha enorme não vai dar! Melhor tirar!
   A menina então perguntou:
   _ O sutiã esta me apertando...posso tirar também?
   A moça gorda deu de ombros como resposta, então a menina tirou, e seus seios pontudos e duros de menina-moça pularam livres e se espalharam em direção as axilas. O ventilador sobre o corpo nú deu-lhe um calafrio e os bicos grandes e rosados se entumesceram, com as duas mãos tirou a calcinha sem se sentar, apenas levantando os quadris, deixando que a atendente visse o belo triângulo de pêlos ruivos e cheios.
   Em silêncio passou a cera em uma das pernas e começou a dolorosa operação, arrancando a cera rapidamente quando estava quase fria, fazendo a menina dar um gritinho de dor, então em seguida ela passou as mãos gordas e macias sobre suas pernas para acalmá-la, esfregando-as com vigor.
   A menina então, acostumada que estava, virou-se de lado, frente para a moça e tudo recomeçou, de lado, costas para a moça e novamente a cera quente nas pernas roliças, virou-se de bruços e assim as pernas estavam prontas.
   Ela estava agora deitada de costas, a moça falou:
   _Abra bem as pernas encostando as solas dos pés.
   E ela o fez, ficando assim, aberta, agora com toda a vagina exposta, os pêlos ruivos em confusão. A moça delicadamente passou a cera quente na virilha direita, esperou alguns segundos assoprando bem de pertinho para que esfriasse e arrancou, desta vez doeu mais que antes e a menina gemeu alto, a moça então deu alguns tapinhas na virilha quente com a mão úmida de suor, e seus dedos roçaram o clitóris levemente fazendo a menina fechar os olhos e gemer baixinho, desta vez entregando-se a sensação.
   A moça sempre séria, rosto fechado, impassível, passou a cera na virilha esquerda soprando cada vez mais perto, e fez a menina sentir dor para então fazê-la gemer com seus tapinhas descuidados roçando-lhe o clitóris atrevido.
   Pediu que ela se virasse de bruços e perguntou:
   _Seu biquíni é fio dental?_ a menina meio ofegante respondeu-lhe que sim.
   _Então temos que depilar BEM esta parte. Segure sua bunda com as mãos e abra! Não solte, pois a cera irá grudar!
   A menina segurou e abriu as nádegas como lhe fôra ordenado, deixando que a moça visse o círculo pequeno e peludo.
   _Nunca vi um cú com pêlos vermelhos assim!
   A menina enrubesceu e perguntou meio ofendida:
   _É feio?_ ao que ela respondeu apenas "não", secamente.
   Passou a cera quente naquela parte sensível, e o ânus apertou-se involuntariamente reagindo ao calor, aproximou o rosto e assoprou, como se o ventilador não fosse o suficiente, depois puxou a cera com força.    Os olhos da menina encheram-se de lágrimas, a moça fez um carinho com sua mão suada e fresca e a menina se acalmou, mas disse que ainda estava doendo fazendo denguinho, a moça sempre séria, baixou a cabeça e lhe deu uma boa lambida, a menina estremeceu,  apontou-lhe então o dedo indicador e disse a ela:
   _Chupe-o!
   A menina obedeceu e chupou o dedo com vontade, molhando-o com saliva, a moça tirou-o de sua boca e introduziu-o no ânus lentamente fazendo movimentos de vai e vem. A menina gemia e sua vagina ficou brilhante do líquido que escorria da pequena abertura, a atendente então enfiou o outro dedo na vagina, fazendo-o com habilidade e agora movimentava a mão penetrando-a duplamente, suavam as duas, a gorda e a ruiva. A menina respirando fundo mexia o bumbum arrebitado e branco ao ritmo de sua mão, que foi ficando cada vez mais rápido e forte, entrando fundo, até que com um gemido sufocado ela gozou, fazendo uma mancha úmida no papel pardo sob seu corpo. A atendente meio rude retirou os dedos, enxugou no guarda-pó, fez uma anotação em um pequeno papel e entregando-lhe disse:
   _Faça o pagamento no caixa na sua saída, meu nome esta nesse papel, se gostou dos meus serviços, quando vier novamente é só marcar hora no meu nome_ dizendo isso saiu,  fechando a cortina atrás de si.