domingo, 13 de maio de 2012

Um homem para chamar de amigo

Ele estava ficando no ponto, fazia elogios, falava em sutilezas, expunha sabedoria e cúltura, até que começou a falar sobre o seu tesão, neste momento ela ficou tensa, achava que com ele seria diferente, mas não.

Era maravilhoso ser bela, ter este poder sobre os homens, fazê-los felizes com sua presença e atenção, suscitar o desejo, a admiração, a curiosidade, mas ainda faltava uma certa distância, o reconhecimento da sua vontade, o respeito ao que ela havia escolhido como modo de vida.

A mente irrequieta, o corpo num fogo constante, a paixão pelos homens e sua forma de agir e pensar, isso fazia dela bastante atraente, mas o que os incendiava e os deixava mais audociosos e corajosos para se aproximar e se arriscar, era a profundidade dela,  larga, enorme e sem barreiras para segurá-los.

E assim ela os perdia, um a um.

Eles chegavam, a princípio apenas cavalheiros diante do interesse de uma bela mulher, e após iniciar um diálogo, logo se interessavam e dali a pouco tempo vinha o tesão, e quando o desejo chega ao corpo de um homem, ele deixa de ser amigo para se tornar um caçador, satisfazendo o falo duro que manda no corpo todo, inebriando a mente por completo. E quando já cansada de tentar afastá-los com delicadeza, ela os lembra da sua condição de esposa e mãe,  para eles é quase um incentivo, e de nada adianta. Ela então usa sua última cartada, aquela que os afasta definitivamente, fala do amor pelo homem escolhido, do quanto só consegue se entregar aos devaneios eróticos nas mãos deste único homem.

Com o território demarcado por um macho imponente na vida, mente e corpo daquela mulher, eles fogem frustrados e raivosos, a admiração dá lugar ao desprezo, a curiosidade vira desinteresse completo, e mais uma vez ela perde a chance de ter um amigo de verdade.

2 comentários:

  1. "... satisfazendo o falo duro que manda no corpo todo...". Gostei disso aí! Posso usar? Prometo ti citar.

    Ah! E que mulher é essa que suscita desejo mas quer distância, hein?? Difícil isso aí.

    Grande abraço, Lu!!

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    1. po Bruno, tinha um erro de portugues grotesco no texto!
      me avise por favor?!

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