sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Depilação

   Então escrevi, e olha que foi um parto, meu momento não é de falar sacanagem, até gosto se alguem colocar uma pilha, mas quem? Pedi ajuda aos amigos, todos têm fantasias sexuais mas ninguém fala!! O vergonha besta, não me conformo com a caretice alheia. Enfim, tem que sair tudo da minha cabeça e pra falar a verdade, tenho sentido certa dificuldade de escrever, simplesmente porque me falta técnica, estudei muito pouco, não terminei a faculdade de jornalismo, fiquei anos voando sem escrever nada, ferrou, agora com a prática deve melhorar um pouco, além da leitura periódica, mas não dá pra fazer milagre, sou mãe de dois filhos pequenos, meu marido me pressionando pra fazer algum concurso público e meus chefes me pressionando para aprender inglês e alcançar a fluência o mais rápido possível. Sinceramente, não sei por onde começar, fora a pressão pra estar sempre linda, em forma, sem celulite, coxas duras, bunda dura, ai que saco!! Outro dia um amigo me cobrou as unhas, desde que parei de voar quero que minhas unhas se lixem sozinhas, eu roo é claro, ele me disse que os homens reparam muito nessas coisas, que por vezes chega a ser eliminatório. Que se dane, pensei, mas o problema é que desconfio que meu marido é bem desse tipo de homem, a diferença é que ele não reclama, não das unhas pelo menos.

   Não adianta, texto erótico tem que sair sem pressão, se não sai essa coisa meia boca, não fode nem sai de cima, literalmente.

   Mas pensei em postar novamente um texto que escrevi ainda na época da faculdade, tinha vinte anos, foi o primeiro erótico que escrevi, e fez um imenso sucesso quando o postei neste blog antes de achar que não devia escrever mais e acabar com tudo.
Então lá vai, aos que já o leram, matem a saudade:

Depilação

   Falavam ao telefone animadamente sobre a viagem no final de semana seguinte, ficariam na casa de praia da ruiva que falava com a amiga morena, mais cinco colegas da classe estariam lá, apenas meninas, todas com dezoito anos. Conseguiram convencer os pais preocupados, seria legal, sete meninas divertindo-se entre dias na praia e noites na praça tomando sorvete, nada de mal, conversavam sobre as mochilas já arrumadas, ansiosas compraram as passagens de ônibus com antecedência, tudo pronto quando a morena perguntou:
   _Já fez depilação?
   A ruiva não havia feito, sendo assim apressou-se em desligar para marcar hora no salão, este, conhecido pela higiene e delicadeza das atendentes, era concorrido, a ruiva então teve que insistir, teria que ser naquela tarde, pois viajariam a noite. Conseguiu um encaixe, a moça conhecida não estava disponível.
    _Pode ser qualquer uma então!
   Marcou com uma outra qualquer com agenda menos apertada. Tomou banho, gostava daquele sabonete de bebê, não usava perfume ou desodorante, preferia ficar com aquele cheirinho de nenêm que fazia sucesso entre os meninos da escola, pensou satisfeita em como era gostosa, uma ruiva de cabelos longos, seios fartos, quadris de mulher feita e cheirinho de bebê, "se fosse homem ficaria louco por mim, se fosse mulher ficaria louca de inveja", sorriu maliciosa. Colocou um vestidinho largo e curto que fora feito pela mãe, azul turquesa com flores miúdas e cintura marcada, calçou sandálias baixas de couro cru, penteou os longos cabelos vermelhos e nos lábios somente saliva.
   Já no salão, teve que esperar um pouco, estava bem cheio, mulheres de todos os tipos e idades, folheando revistas velhas, entediadas procurando não olhar umas para as outras, colocando nos rostos um ar de desinteresse pela aparência alheia.
   Enfim fora chamada, levantou-se puxando o vestido entre as nádegas arrebitadas causando um certo desconforto entre as mulheres que aguardavam, tinha consciência de sua beleza e sensualidade, jogou a cabeça para o lado tirando os cabelos ruivos do rosto, fazendo-os pousar sobre os ombros redondos e muito brancos.
   Sua cabine era a número seis, entrou, não havia ninguém, esperou e no instante seguinte a atendente abriu a cortina de plástico azul escuro, pôs a cabeça pra dentro e falou:
_Vai fazer o quê?
_Meia perna, virilha e ânus_disse ela.
_Então tire o vestido e fique de sutiã e calcinha_ saiu dizendo que ia buscar a cera, fechou a cortina atrás de si. A ruiva tirou o vestido e as sandálias, colocando-os num banquinho próximo para isso, deitou-se na maca sobre um papel pardo que fazia barulho, não tirou o sutiã nem a calcinha brancos de algodão. A atendente então entrou no cubículo fechando a cortina, trazia na mão uma espécie de panela cheia de cera quente, ligou o ventilador sobre a maca e isto fez os pêlos das pernas da ruiva se arrepiarem e seus cabelos voarem.
   A moça era uma morena grande bem acima do peso, seios imensos que faziam os botões do guarda-pó branco quase estourarem causando certa aflição, mãos grandes e unhas bem feitas, bonita como toda gorda é, cabelos pretos e longos presos por um pequeno lenço branco, muito objetiva e bastante seca falou:
   _Com esta calcinha enorme não vai dar! Melhor tirar!
   A menina então perguntou:
   _ O sutiã esta me apertando...posso tirar também?
   A moça gorda deu de ombros como resposta, então a menina tirou, e seus seios pontudos e duros de menina-moça pularam livres e se espalharam em direção as axilas. O ventilador sobre o corpo nú deu-lhe um calafrio e os bicos grandes e rosados se entumesceram, com as duas mãos tirou a calcinha sem se sentar, apenas levantando os quadris, deixando que a atendente visse o belo triângulo de pêlos ruivos e cheios.
   Em silêncio passou a cera em uma das pernas e começou a dolorosa operação, arrancando a cera rapidamente quando estava quase fria, fazendo a menina dar um gritinho de dor, então em seguida ela passou as mãos gordas e macias sobre suas pernas para acalmá-la, esfregando-as com vigor.
   A menina então, acostumada que estava, virou-se de lado, frente para a moça e tudo recomeçou, de lado, costas para a moça e novamente a cera quente nas pernas roliças, virou-se de bruços e assim as pernas estavam prontas.
   Ela estava agora deitada de costas, a moça falou:
   _Abra bem as pernas encostando as solas dos pés.
   E ela o fez, ficando assim, aberta, agora com toda a vagina exposta, os pêlos ruivos em confusão. A moça delicadamente passou a cera quente na virilha direita, esperou alguns segundos assoprando bem de pertinho para que esfriasse e arrancou, desta vez doeu mais que antes e a menina gemeu alto, a moça então deu alguns tapinhas na virilha quente com a mão úmida de suor, e seus dedos roçaram o clitóris levemente fazendo a menina fechar os olhos e gemer baixinho, desta vez entregando-se a sensação.
   A moça sempre séria, rosto fechado, impassível, passou a cera na virilha esquerda soprando cada vez mais perto, e fez a menina sentir dor para então fazê-la gemer com seus tapinhas descuidados roçando-lhe o clitóris atrevido.
   Pediu que ela se virasse de bruços e perguntou:
   _Seu biquíni é fio dental?_ a menina meio ofegante respondeu-lhe que sim.
   _Então temos que depilar BEM esta parte. Segure sua bunda com as mãos e abra! Não solte, pois a cera irá grudar!
   A menina segurou e abriu as nádegas como lhe fôra ordenado, deixando que a moça visse o círculo pequeno e peludo.
   _Nunca vi um cú com pêlos vermelhos assim!
   A menina enrubesceu e perguntou meio ofendida:
   _É feio?_ ao que ela respondeu apenas "não", secamente.
   Passou a cera quente naquela parte sensível, e o ânus apertou-se involuntariamente reagindo ao calor, aproximou o rosto e assoprou, como se o ventilador não fosse o suficiente, depois puxou a cera com força.    Os olhos da menina encheram-se de lágrimas, a moça fez um carinho com sua mão suada e fresca e a menina se acalmou, mas disse que ainda estava doendo fazendo denguinho, a moça sempre séria, baixou a cabeça e lhe deu uma boa lambida, a menina estremeceu,  apontou-lhe então o dedo indicador e disse a ela:
   _Chupe-o!
   A menina obedeceu e chupou o dedo com vontade, molhando-o com saliva, a moça tirou-o de sua boca e introduziu-o no ânus lentamente fazendo movimentos de vai e vem. A menina gemia e sua vagina ficou brilhante do líquido que escorria da pequena abertura, a atendente então enfiou o outro dedo na vagina, fazendo-o com habilidade e agora movimentava a mão penetrando-a duplamente, suavam as duas, a gorda e a ruiva. A menina respirando fundo mexia o bumbum arrebitado e branco ao ritmo de sua mão, que foi ficando cada vez mais rápido e forte, entrando fundo, até que com um gemido sufocado ela gozou, fazendo uma mancha úmida no papel pardo sob seu corpo. A atendente meio rude retirou os dedos, enxugou no guarda-pó, fez uma anotação em um pequeno papel e entregando-lhe disse:
   _Faça o pagamento no caixa na sua saída, meu nome esta nesse papel, se gostou dos meus serviços, quando vier novamente é só marcar hora no meu nome_ dizendo isso saiu,  fechando a cortina atrás de si.

Um comentário:

  1. Hummm... Adoro quando o clímax é no final! O sucesso de ontem continua e se justifica ainda hoje. Esse seu texto é muito bom. Quero mais! Mais!!!

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