domingo, 1 de janeiro de 2012

Pura magia

Esta um pouco difícil começar este post, ainda muito excitada com a viagem que fiz, que foi sem dúvida muito melhor que o esperado. Acho que sou bastante caipira, transbordo excitação quando falo a respeito do cruzeiro, se fosse vendedora da empresa, venderia muitas passagens, tenho certeza, tamanha minha satisfação.

Já fiz algumas viagens na vida, expecialmente quando voava, estou acostumada com o luxo e a mordomia, ao menos sob o meu ponto de vista, classe média remediada que sou, mas o que vivi nestes sete dias foi mais do que conhecia. Embarcamos e já deliciados com o luxo e delícia de estar a bordo navegando, o mar gigantesco, universo inexplorado e novo para nós que somente o conhecemos na perspectiva da praia, que é a ponta do fio de cabelo desta cabeleira imensa e turbulenta.
Viajar é uma das melhores coisas da vida, se não a melhor na minha opnião, desta maneira era como um sonho, acordávamos e íamos tomar café, variedade de pessoas, nacionalidades, petiscos e entretenimento logo cedo, íamos para a piscina e de lá, desembarcar em alguma praia prevista para o nosso passeio, sempre em algum estado ou cidade diferentes, desfrutávamos das sensações do lugar, belas paisagens, novas culturas e belezas, uma parte do Brasil sendo minuciosamente dissecada através de nossos olhos ansiosos e encantados. Vimos e sentimos um pouco de tudo, o povo africano, guerreiro e lindo da Bahia, as jangadas modernas e ágeis de Maceió, a imensidão fantástica de Ilhéus,  o aconchego elegante e simples de Búzios, a encosta magestosa de Cabo Frio e o mar... ah o mar! Tivemos a exibição de duas baleias simpáticas que nos seguiam desde Abrolhos até o Rio de Janeiro, e isso para mim foi como a prova da existência de Deus, aquelas baleias eram sua imagem e semelhança, minha barriga gelou diante daquele espetáculo, fiquei sem conseguir falar ou respirar naqueles poucos segundos, foi muito intensa a apresentação alegre de Deus para nós.
Ao final do dia, após desbravar tudo o que podíamos, ainda que parados num só lugar, íamos para a "casinha", onde tudo estava em ordem é claro, tomávamos banho e felizes encontrávamos toda a família no jantar, cada um contando como tinha sido o seu dia num daqueles lugares. Melhor que a comida, era ser servida por italianos e indonésios simpáticos, fizemos amizade com esses trabalhadores incansáveis e apaixonados pela experiência de trabalho que tinham, algo difícil, mas invejável.
Após o jantar, havia um show de primeira linha num teatro tão deslumbrante que meu pai uma noite disse sabiamente: "Se o show não for bom, não perde-se nada, pois podemos olhar para o teatro!"
Os shows eram sim muito bons, especialmente quando levado em conta o constante balanço do navio, fiquei pasma ao ver artistas equilibrando-se e movimentando-se perfeitamente em sapatilhas de ponta, patins de gelo, cordas, etc.
Não deixei de curtir nenhuma noite a bordo, depois do sono das crianças saia para a balada local, e encontrava gente muito jovem, meio jovem demais para o meu gosto, e com eles bebia caipirinha e dançava até cansar, dormir e começar tudo de novo no dia seguinte. Um arraso!

Voltamos para a casa descansados e com as baterias totalmente recarregadas, as crianças já falando e querendo voltar para a escola, dá pra acreditar?! E eu indo para o trabalho no dia seguinte, dia 31/12/11, para trabalhar das 16:00 até a meia-noite, feliz da vida, cheia de alegria.

São tantas as impressões, tantos os ensinamentos, que não consegui ainda organizar tudo em palavras, sou uma caipira e estou histérica e apaixonada, com uma vontade enorme de trabalhar mais para conseguir oferecer e usufruir cada vez mais das oportunidades e maravilhas do mundo.

Também gostei muito de ficar fora do ar por este período em que tirei o relógio, deixei o celular em casa e nem ao menos vi televisão, poder desfrutar destes momentos de prazer sem preocupações ou más notícias foi como uma viagem em outra dimensão, num espaço de tempo em que só há prazer, risadas, sol, sotaques, sabores,  natureza selvagem e lições de vida.

Foi mágico.
Essa foto é do meu marido, que acordou as cinco horas da manhã para ver o nascer do sol, num espetáculo que o emocionou.


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