quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O encontro

   Ela estava andando rapidamente pela calçada, estava com uma roupa de trabalho, camisa branca e terninho cinza chumbo, saltos pretos, cabelos presos num rabo de cavalo comportado. Chovia ainda, tinha acabado de quase desabar o mundo numa chuva muito forte, tudo molhado com pingos grandes que sobraram lá de cima, molhando seu cabelo e enrolando ainda mais, deixando seu "rabo comportado" bastante desgrenhado.  Estava ansionsa, marcou um encontro com um desconhecido total,  por isso fez questão de um local público, garantindo um pouco de segurança. Ela o encontrara por acaso, estava falando com seus amigos de sempre e ele em algum lugar só prestando atenção, um dia se manifestou e disse olá, que gostaria de conhecê-la, apresentou suas fotos e amizades, descreveu-se humildemente e conquistou sua confiança. Ela se abriu toda, após alguns meses de papo diário já falavam obscenidades e papos sérios,  se divertiam durante o trabalho. Ela sempre disse a verdade,  no caso dele não tinha como saber, mas sua experiência lhe dizia que ele era especial, que podia confiar nele e foi assim que acabou indo para aquele lugar.

   Entrou na lanchonete abafada e com muita gente, todos tentando se livrar da chuva lá fora, não havia mesa para poder se sentar, olhou ao redor vendo se o reconhecia, não o encontrou, pediu uma água no balcão e bebia enquanto aguardava. Soltou os cabelos bagunçados e molhados, queria estar bem para não decepcionar o seu amigo virtual, não mandou-lhe muitas fotos, mas sabia quando estava linda e quando estava um horror, naquele momento estava um horror. Então ela o viu, encolheu-se toda atrás de uma pessoa, por um momento se arrependeu de estar ali, queria apenas observá-lo sem ser vista. Ele não era muito alto, só um pouco mais do que ela, estava com roupa de trabalho também, terno cinza claro e camisa rosa, ela adorou, embora fosse inadequado para a chuva, mas quem não estava inadequado agora?
   Ele tinha menos cabelo do que parecia nas fotos, a calvíce aparecia um pouco, não havia barriga, o que lhe pareceu bom, estava com um semblante tenso e ansioso, ela sabia porque. Olhou mais um pouco tomando coragem e foi até ele.

_Oi, você é o Rafa? Eu sou a Bia. _ estendendo a mão.
Ele a apertou surpreso, olhando pra ela com um certo sorriso.
_Oi! Você já chegou! O Metrô estava lotado, fiz você esperar?
_Não, acabei de chegar.

   Eles acharam um lugar vago para se sentar, foram até lá, ambos fazendo um certa cerimônia, ele inclusive puxou a cadeira para ela, estava tentando ser cavalheiro como sabia que gostava. Ela gostou, mas sabia que era algo que acabaria após o primeiro encontro.
   Conversaram amenidades num primeiro momento, não foi fácil o início, não era tão fluente a comunicação quanto experimentaram pela internet, eles estavam envergonhados e nervosos.
   Pediram então uma bebida mais quente, só pra relaxar, beberam e foi melhor, depois de algum tempo já estavam rindo com certa facilidade.
   Ela olhava pra ele e tentava encontrar o que a fizera se soltar tanto, falar tanta bobagem e sentir tanto tesão, ele não era muito bonito, mas era muito inteligente e ela só precisava disso para ser quem é, para se sentir segura.
   Ele olhava pra ela e tentava encontrar o comentário certo para fazê-la rir, vendo aquele belo rosto envergonhado ficava ainda mais ansioso, sabia que aquela mulher escondia uma mente sensualíssima, capaz de dizer coisas que o tiravam do sério, não queria desapontá-la.

   Com seus seios redondos apertados na camisa branca que a deixava tão sexy, ele a olhava e lembrava do quanto já tinha beijado aqueles peitos em pensamento.

   Ele com a camisa rosa entreaberta depois de dois drinks, deixando-a ver os pelinhos escuros e poucos, fez com que ela se lembrasse de uma foto dele na praia, belo e bronzeado e lembrou-se também dela mesma se masturbando e pensando nas coisas que ele lhe disse.

  Começaram a se olhar com mais intensidade, os joelhos se encostando e se roçando na lânguida embriaguez, foi então que ele lhe disse:
_Vamos para a minha casa, fica perto daqui.
_Mas já?!
_Já o quê?
_Se eu for pra sua casa, com certeza vamos transar, não sei se quero já.
_Hmm, entendo, então vamos fazer assim, nós vamos pra lá e não transamos, o que vc acha?
  Ela pensou que ele só podia estar brincando, ficou excitada com a brincadeira e topou.
_Ok, então esta combinado.
  Chegaram no apartamento dele, era apertado e estava um verdadeiro caos.
_Faz tempo que você não recebe ninguém aqui?
_Não, na verdade meus amigos vêm aqui sempre.
Homens, sempre fingindo que não entendem a pergunta.
Ela tirou algumas roupas do sofá e sentou-se, estava com vontade de dançar algo suave e lento, deve ter sido a bebida que a deixou assim, pensou, e ficou lá esperando pra ver o que ele faria.
Ele sentou-se ao seu lado e disse:
_Você fica linda quando esta assim meio "altinha"_passou a mão em seus cabelos, ela fechou os olhos e aninhou-se na hora.
_Estou com sono, não deveria ter vindo pra cá.
_Porque não? Podemos dormir.
_Podemos?
_Sim, venha aqui comigo!
Levantaram-se, ele puxando-a pela mão, entraram no quarto, estava pior que a sala, ele nem ligou, jogou as roupas no chão, afastou as cobertas e disse-lhe:
_Pode se arrumar se quiser, vou tomar um banho se não se importa.
_Hã... ah, claro que não.
Ele a deixou sozinha, ela ficou parada por um momento, um tesão maluco crescendo dentro dela, uma sonolência quente, tirou as roupas rapidamente, foi até uma das gavetas dele, achou uma camiseta grande, colocou-a. Pensou que seria uma boa idéia um bom banho também, mas não se atreveria, aí também já era demais!

   Demorou um pouco, e quando  voltou ela estava sob as cobertas, ressonava encolhida e quentinha. Ele com a toalha enrolada na cintura, ficou olhando pra ela, estava tão feliz que foi com calma até a gaveta de cuecas, pareceu-lhe que já havia feito isso muitas vezes, eles eram tão íntimos que ele a viu como sua mulher, uma mulher que nunca tocára, mas cuja alma conhecia e adorava.
   Deitou-se ao seu lado e ficou bem perto sentindo sua respiração, acariciou seu rosto e desceu a mão até os seios redondos que o deixavam tão duro, fez movimentos circulares com os dedos, desceu até sua barriga acariciando-a bem ali, uma vontade enorme de sentir a umidade dela, só sentia o calor que parecia incendiar a sua mão.
Ela abriu os olhos sonolentos  e sorriu pra ele dizendo:
_Traz seu pau aqui pra mim, quero te chupar.
Ele sorriu e disse:
_Claro querida, tudo que você quiser.

Um comentário:

  1. Pô, agora que o negócio tava ficando bom cê pára! Não... Cê vai ter que continuar isso aí. Faz favor. E já!

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